CUIDADOS PARA IDOSOS ISOLADOS EM CASA DURANTE CONFINAMENTO

CUIDADOS PARA IDOSOS ISOLADOS EM CASA DURANTE CONFINAMENTO

Os idosos são mais propensos a desenvolver complicações graves quando infetados pelo novo coronavírus. Não se pode eliminar por completo o risco de contrair a doença, mas é possível limitá-lo.

As regras de confinamento para a população geral serão ora aplicadas, ora aliviadas, de acordo com a evolução da pandemia e as decisões do Governo. Contudo, os mais velhos – em particular os que têm problemas de saúde, como bronquite crónica, enfisema, insuficiência cardíaca ou diabetes –, sendo um grupo de maior risco, deverão continuar a merecer uma proteção especial. A primeira regra é manter-se em casa o mais possível e seguir com rigor as regras que se aplicam a toda a gente.

No caso dos seniores, é necessária particular atenção à saúde. Muitos sofrem de vários problemas e têm necessidade de tomar diversos medicamentos. Para que as situações não se agravem, é indispensável que continuem a tomá-los de acordo com a prescrição médica. Se possível, tenha em casa fármacos para várias semanas.

O controlo de parâmetros de saúde, como a tensão arterial, o nível de açúcar no sangue ou a função pulmonar, se recomendados, não devem ser descurados. Fale com o médico sobre a melhor forma de o fazer no domicílio.

Ficar em casa, mas não isolado

Estar em casa, protegido, não significa ficar desligado do mundo. Fale pelo telefone ou através das redes sociais com amigos e familiares. Se sentir alguma debilidade, cansaço, mal-estar ou dor, não hesite em falar com alguém próximo e/ou ligar para os serviços de saúde.

Mantenha a lista de contactos de familiares, cuidadores, médicos, da farmácia e do centro de saúde num local acessível (por exemplo, na porta do frigorífico). Faça de um vizinho da sua confiança um ponto de apoio: peça-lhe para guardar a sua chave, dê o respetivo contacto aos seus familiares próximos e vice-versa, para que possa servir de elo de ligação, em caso de necessidade. O ideal é ter também contactos regulares do exterior, de forma a assegurar um acompanhamento tão próximo quanto possível. Pode ser um familiar, um amigo, um grupo de voluntariado ou o serviço de apoio domiciliário, por exemplo.

Passar o dia ver notícias sobre a pandemia pode ser perturbador. Mantenha-se a par da situação, em particular, das medidas a tomar, mas evite estar constantemente a ler ou ver notícias sobre o assunto, sobretudo, se isso o incomoda. Não dê atenção às informações duvidosas que correm nas redes sociais, sobretudo, se publicitarem vacinas, tratamentos e produtos para prevenir a covid-19: por enquanto, não há nenhum com eficácia e segurança comprovadas. Apague este género de mensagens e, principalmente, não as partilhe.

Mexer-se e não se esquecer das refeições

A atividade física e a alimentação são dois pilares da saúde. Permanecer na habitação pode levar a algum descuido em ambas. Tente mexer-se, nem que seja andando pela casa: além de realizar as tarefas domésticas, sugerimos que se levante várias vezes, respire fundo, estique os braços e pernas, rode os pés e o pescoço, dê uma volta à divisão e vá à janela e à varanda, aproveitando para apanhar ar e sol.

O exercício da mente é também fundamental para cultivar a saúde mental e a memória. Além de ler e conversar com outras pessoas, é útil fazer puzzles, palavras cruzadas e jogos de memória, de linguagem ou de números.

Ao nível alimentar, as regras são as mesmas de sempre: realizar, no mínimo, cinco refeições diárias (pequeno-almoço, lanche da manhã, almoço, merenda da tarde e jantar) e ingerir dois a dois litros e meio de líquidos (privilegiando a água), mesmo sem sensação de sede. A sopa é uma boa forma de consumir legumes e leguminosas, fornecedores de vitaminas, minerais e fibras, entre outros. Recomenda-se ao almoço e ao jantar. É importante incluir produtos de origem animal na dieta, alternado o consumo de carne e peixe. Caso tenha falta de apetite para o segundo prato, pode juntá-los à sopa. Se tiver dificuldade em mastigar, triture. Os alimentos mais suaves, como o peixe e alguns legumes, e os purés, inclusive de fruta, são soluções para quem os dentes já ajudam pouco. Não esqueça, igualmente, o leite e derivados.

Melhorar cores, aromas, texturas e sabor da comida pode estimular o apetite. Aposte num cardápio variado e colorido. Os alimentos devem ser fonte de saúde, mas também de prazer. Mastigar bem melhora as secreções digestivas e a perceção do sabor.

Pedir ajuda sempre que precisar

Para evitar ir a locais públicos com muita gente, faça compras online, verifique se os supermercados, farmácias e outros serviços da zona entregam em casa ou peça a um familiar ou amigo para o ajudar nesta tarefa – quem vai de fora deve cumprir à risca as normas de segurança, incluindo usar máscara e lavar as mãos. Algumas juntas de freguesia também prestam apoio nesta área. Algumas providenciam mesmo, se necessário, refeições quentes e cuidados de higiene, entre outros.

Por fim, mas não menos importante: quando tiver de sair de casa, use sempre máscara.

Interdomicilio com DECO.

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