ARRITMIA EM PESSOAS IDOSAS: CAUSAS, TIPOLOGIAS, SINTOMAS E TRATAMENTOS

ARRITMIA EM PESSOAS IDOSAS: CAUSAS, TIPOLOGIAS, SINTOMAS E TRATAMENTOS

ARRITMIA EM PESSOAS IDOSAS: CAUSAS, TIPOLOGIAS, SINTOMAS E TRATAMENTOS

A arritmia, uma alteração no ritmo cardíaco, é uma importante preocupação para as pessoas de idade. À medida que envelhecemos, o nosso coração fica mais vulnerável a dificuldades de ritmo cardíaco, o que pode causar um impacto significativo na nossa qualidade de vida e bem estar geral.
Neste artigo, exploraremos em detalhe a arritmia nas pessoas idosas, incluindo as suas causas, sintomas, opções de tratamento e tipos de arritmia. Além do mais, daremos conselhos práticos para prevenir e lidar com esta condição, e destacaremos a importância da sua deteção precoce.

O que é a arritmia e de que forma afeta as pessoas de idade?
A arritmia entende-se como qualquer distúrbio no ritmo cardíaco, seja o coração a bater muito rápido, muito devagar ou irregularmente. Nas pessoas idosas, o envelhecimento natural do coração pode aumentar o risco de desenvolver arritmias. As condições cardíacas subjacentes, como hipertensão arterial e doença cardíaca coronária, são mais comuns nesta fase da vida e podem contribuir para o desenvolvimento de arritmias.
As arritmias podes afetar significativamente a qualidade de vida de pessoas idosas. Os sintomas mais comuns são sensação de batimento cardíaco acelerado, tonturas, fadiga e falta de ar.
Estes sintomas são frequentemente atribuídos ao envelhecimento normal, o que dificulta o diagnóstico antecipado e a procura de tratamento adequado. Além disso, as arritmias podem aumentar o risco de complicações graves, como derrame e doenças cardíacas.

Causas e fatores de risco da arritmia nas pessoas de idade
A arritmia nas pessoas idosas pode ter inúmeras causas. À medida que envelhecemos, as nossas células cardíacas podem tornar-se menos eficientes e podem produzir sinais elétricos fora do normal. O endurecimento das artérias e a acumulação de placas podem impedir o fluxo sanguíneo normal, o que pode desencadear arritmias.
Além do envelhecimento, existem outros fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolver arritmias em pessoas idosas:
A hipertensão arterial, diabetes, histórico familiar de arritmia e hábitos de vida pouco saudáveis, como tabagismo e consumo excessivo de álcool, podem contribuir para o desenvolvimento de arritmias.
É importante que os idosos sejam conscientes destes fatores de risco e colaborem com o seu médico para controlar a doença.

Sintomas da arritmia em idosos
Identificar os sintomas de arritmia nos idosos pode ser difícil, já que os sintomas podem variar amplamente de uma pessoa para outra e podem ser confundidos com habituais sinais de envelhecimento.
É fundamental prestar atenção a qualquer alteração ou desconforto no ritmo cardíaco e procurar atendimento médico se tiver os seguintes sintomas:
Palpitações: sensação de batimentos cardíacos rápidos, fortes ou irregulares no peito.
Tonturas ou desmaios: sentir-se tonto ou perder brevemente a consciência.
Fadiga persistente: falta de energia e cansaço .
Dificuldade em respirar: sensação de falta de ar mesmo com atividade física leve.
Dor no peito: desconforto ou pressão no peito, semelhante a um ataque cardíaco.
É importante referir que alguns idosos podem não apresentar sintomas evidentes, tornando o diagnóstico ainda mais crucial. A deteção precoce da arritmia é essencial para o tratamento eficaz e prevenção de complicações graves.

Tipos de arritmia e quais são os mais frequentes
Fibrilação arterial: é a arritmia mais comum e caracteriza-se por batimentos irregulares e rápidos nas aurículas do coração. Pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos e acidentes cerebrovasculares.
Taquicardia supraventricular: É uma arritmia que provoca ritmos cardíacos acelerados, geralmente acima de 100 batimentos por minuto. pode manifestar-se como episódios breves e intermitentes ou como uma situação crónica.
Taquicardia ventricular: É caracterizada por ritmos cardíacos rápidos que se iniciam nos ventrículos. Pode ser grave e requer atenção médica imediata.
Bradiarritmia: Nesse tipo de arritmia, o coração bate mais devagar que o normal, geralmente menos de 60 batimentos por minuto. Pode causar tonturas, fadiga e desmaios.
Bloqueio cardíaco: Ocorre quando os sinais elétricos entre os aurículos e os ventrículos são bloqueados ou atrasados. Pode manifestar-se como bloqueio de primeiro grau, bloqueio de segundo grau ou bloqueio completo.
Flutter artrial: É semelhante à fibrilação arterial, mas as batidas são mais organizadas e rítmicas. No entanto, pode causar problemas de saúde se não for tratada corretamente.

Diagnóstico e tratamento da arritmia no idoso
O diagnóstico correto da arritmia em idosos requer uma avaliação médica completa. O seu médico pode efetuar um historial clinico detalhado, exames físicos e solicitar exames específicos, como um eletrocardiograma (ECG) ou monitorização da frequência cardíaca.
Estes exames permitem avaliar a atividade elétrica do coração e ajudam a identificar o tipo de arritmia presente.
Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento da arritmia no idoso é baseado na gravidade dos sintomas e nas condições médicas subjacentes.
Em alguns casos, as mudanças no estilo de vida, como uma dieta balanceada, exercícios regulares e redução do uso de álcool e tabaco, podem ser suficientes para controlar a arritmia. No entanto, em casos mais graves, podem ser necessários medicamentos antiarrítmicos para regular o ritmo cardíaco.
Em situações em que a arritmia é persistente ou representa um risco significativo, outras abordagens de tratamento podem ser consideradas, como a terapia de ablação, que usa calor ou frio para destruir as células cardíacas anormais que causam a arritmia. Em alguns casos, a implantação de dispositivos de bypass ou desfibrilhadores implantáveis (CDIs) pode ser recomendada para controlar o ritmo cardíaco e prevenir complicações graves.

Dicas para prevenir e controlar a arritmia em idosos
A prevenção e o controlo da arritmia em idosos são essenciais para manter a saúde cardíaca ideal. Aqui ficam algumas dicas práticas:
Manter uma dieta saudável e equilibrada, rica em frutas, vegetais, cereais integrais e proteínas magras
Praticar exercício regularmente, seguindo as recomendações médicas e evitando o sedentarismo.
Controlar a pressão sanguínea e os níveis de açúcar no sangue, especialmente se tem pressão alta ou diabetes.
Evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco, pois podem aumentar o risco de arritmia.
Redução do stress através de técnicas de relaxamento, como meditação, ioga ou respiração profunda.
Cumprir com os tratamentos e medicação prescritos pelo médico, seguindo as indicações precisas.
A arritmia em idosos deve ser entendida com alguma preocupação pelo que é fundamental estar atento aos sintomas, procurar aconselhamento médico e adotar um estilo de vida saudável para a prevenir e controlar de forma eficaz. Com consciência e cuidado, os idosos podem desfrutar de uma vida plena e ativa, protegendo assim o seu bem-estar cardíaco.
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