Como ‘destralhar’ a casa

Como ‘destralhar’ a casa

O verbo não existe, mas, de certeza que já percebeu do que estamos a falar. Os especialistas asseguram que deve fazer-se, pelo menos, uma vez por ano. Fazer de uma vez ou por fases, já é uma opção sua.

Deixamos-lhe, de forma resumida, e sem “tralha”, o quando e como para libertar a sua casa de coisas de que, na verdade, de nada necessita.

Quando:

O ideal será ir fazendo ou, na pior das hipótese, fazer uma caça à tralha mais profunda, pelo menos, uma vez por ano. Mas há alturas críticas onde a prática é estritamente necessária:

Após um divórcio ou separação.
Após a morte de alguém.
Num momento de bloqueio profissional, em caso de desemprego, por exemplo.
Numa mudança de casa: esta é, provavelmente, a fase ideal para destralhar, pois iniciará a nova vida num espaço muito mais leve, arejado, e, tal como defende a consultora de Feng Shui, trata-se da melhor altura para “deixar sair o velho para que possa entrar o novo”.
Como:

Pare e olhe para a sua casa (com olhos de ver). Num bloco vá anotando quais os objetos que mais a incomodam. Pode ser, por exemplo, um quadro que não adora, mas que lhe custa deitar fora porque foi aquele familiar que deu.
Identifique as zonas com mais tralha: debaixo das camas, atrás das portas, nos hall de entrada, roupeiros, arrecadações, etc. A especialista Paula Margarido ressalta a zona do hall, pois sendo a zona de entrada, é também através dela que vem a energia principal, sendo assim fulcral que esta entre de forma harmoniosa, e sem um mar de coisas a travar a sua livre circulação.
Faça um inventário da roupa e dos livros que tem para ficar com uma noção clara da roupa que tem e não está a usar, das peças que tem e não se lembrava que tinha, e que, se calhar até ia comprar outra por não se recordar. A mesma coisa com os livros: há aqueles que queremos guardar para sempre, mas de certeza que terá por lá alguns que não farão falta nenhuma.
Por mais que lhe custe, liberte-se de lembranças do foro emocional, relacionadas por exemplo, com relações do passado que até lhe trouxeram dor e mágoa. Apesar de se tratarem das decisões mais difíceis, estas são também aquelas que carregam uma energia mais negativa (que é tudo o que não se quer ter em casa).
As coleções: De carros, selos, frasquinhos… O mundo dos colecionadores é interminável e implica muitas coisinhas. E muitas vezes estas passam anos enfiadas em caixotes. Paula sugere que escolha a preferida e arranje um sítio onde a mostre — uma vitrine, prateleiras, etc. A ideia é dar-lhe vida. As restantes, fotografe-as para mais tarde recordar, e dê-as ou venda-as. Coleções enfiadas em caixas não lhe serão muito úteis.
Evite as compras de compensação / consolo. Todas as compras feitas num estado de desânimo, acabam por carregar uma carga emocional pesada, não correspondendo na maioria das vezes a algo que se deseja realmente, sendo antes qualquer coisa que serviu para tapar um vazio. Essas compras acabam por resultar naquela peça com etiqueta que ficará destinada aos confins do armário a ganhar pó (e da qual nos custa livrar porque custou os olhos da cara).
A Caixa StandBy, uma solução para indecisos:

A Caixa StandBy serve para guardar aquelas coisas que ainda colocam a questão “devo, ou não, guardar”. Paula sugere que guarde a caixa com a data do dia em questão e que, passado um ano, volte a pegar nela e caso não o tenha feito antes, então é sinal que essas coisas podem — e devem — ser deitadas fora (ou dadas, vendidas, o que for).

Fonte: NIT

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