Fibromialgia: conviver com uma dor que não passa

Fibromialgia: conviver com uma dor que não passa

A Fibromialgia caracteriza-se por dores ao longo de todo o corpo, mesmo sem existir uma lesão física nos músculos ou articulações.

As dores descritas são tão intensas ao ponto de causar um grande impacto no bem-estar, na qualidade de vida e no desempenho profissional da pessoa.

Esta doença está reconhecida pela Organização Mundial de Saúde desde o final da década de 1970 e estima-se que em Portugal atinga cerca de 300 mil pessoas (particularmente mulheres com idade entre os 30 e os 50 anos).

 

Sintomas

A Fibromialgia caracteriza-se «por queixas dolorosas neuromusculares difusas. Outras manifestações que acompanham também as dores são a fadiga, as perturbações do sono e os distúrbios emocionais», segundo o site da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.

A doença não mata nem causa deformidades e, se o tratamento for feito corretamente, pode não piorar com o tempo, sendo que até podem diminuir as manifestações clínicas.

 

Causas

Normalmente a doença surge após situações como infeções graves, acidentes ou traumas psicológicos, por exemplo. A causa ainda é desconhecida, porém sabe-se que o cérebro destes pacientes interpreta a dor de uma forma muito intensa.

 

Diagnóstico

O diagnóstico da Fibromialgia deve ser feito pelo médico reumatologista através da descrição dos sinais e dos sintomas. Normalmente, inclui a presença de dor severa durante mais de três meses em pelo menos 12 de 18 pontos específicos do corpo.

Além disso, o médico pode recomendar exames para excluir doenças que apresentam sintomas semelhantes à Fibromialgia.

 

Tratamento

O tratamento para Fibromialgia deve ser orientado por um Médico Reumatologista, Fisioterapeuta e Psiquiatra e geralmente inclui:

Tomar remédios para a dor e depressão e fazer fisioterapia para melhorar os movimentos, através de massagens terapêuticas, alongamentos e exercícios de relaxamento.

Pode também ser recomendado o acompanhamento psicológico, para ajudar o paciente a saber lidar com a dor crónica.

A atividade física também é importante, para ajudar a aliviar a dor e fortalecer e alongar os músculos, como caminhada, natação e hidroginástica. No entanto, devem ser seguidas as indicações do médico.

No caso de ter Fibromialgia é importante fazer uma dieta onde inclua alimentos ricos em magnésio (ajudam a relaxar os músculos e a melhorar a circulação), como o abacate, alcachofra e sementes; em potássio (ajudam a evitar a fraqueza muscular e as cãibras), como a banana, maça, beterraba e ervilhas; e ómega 3 (ação anti-inflamatória e alivio dos sintomas de dor), como a sardinha, salmão, sementes de chia ou nozes.

 

Dicas

O paciente com Fibromialgia deve ser o principal responsável pelo seu próprio tratamento. Nesse sentido, aqui ficam alguns conselhos para lidar com esta condição:

Aprenda a identificar situações de stress, controlando-as, dentro do possível. O aumento de ansiedade, preocupações e estados de angústia agravam os sintomas;

Leve uma vida mais tranquila, procurando atividades que lhe tragam satisfação e realização pessoal.

Deite-se sempre à mesma hora, mantendo o quarto escuro e tranquilo.

Evite bebidas estimulantes como o café, chá preto ou tabaco ao final do dia.

Faça exercício físico de forma regular. Poderá sentir um agravamento das dores, particularmente nos primeiros meses de atividade, mas não deve desistir. As pessoas que praticam uma atividade física têm uma maior probabilidade de conseguir controlar os sintomas da Fibromialgia a longo prazo.

Não se isole, não deixe que a dor domine. Ouça as suas emoções. O que pensamos e sentimos tem uma influência direta sobre a doença. Se disser frases como «não me vou conseguir levantar», «já não tenho mais forças», só aumentará o seu sofrimento.

Fonte: Min. Saúde

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